Aprendizagem Ativa ou Intencional

O Profissional em Desafio, em Transição e Reinventado

Há bastante tempo vemos um mundo em constante transformação cada vez mais acelerado e nos colocando em uma necessidade de contínuo desenvolvimento profissional, seja em relação às habilidades técnicas (hard skills) nas quais nos habilitam a executar as atividades laborais considerando o conhecimento e o colocando em prática, assim como às habilidades sócio emocionais (soft skills) nas quais nos habilitam a executar as atividades do dia a dia levando em consideração o inter-relacionamento pessoal ou com a capacidade de nos comunicarmos de forma assertiva com nossos times de trabalho.

Diante deste contexto, o profissional pode passar por circunstâncias aos quais o coloca em situação de desafio, em transição ou reinventado. Veremos cada uma das situações a seguir:

Em Desafio

Nesta circunstância o profissional que está inserido em contexto de cada vez maior incerteza, se percebe que não tem conseguido acompanhar as tendências do mercado vendo cada vez mais a tecnologia assumir papéis que antigamente era o ser humano que executava ou não tem o conhecimento necessário para desempenhar em novas funções ou a capacidade de utilizar adequadamente as tecnologias emergentes. Diante deste cenário, o profissional pode estar vivendo dilemas que o deixam em situação cada vez mais de stress, tais como:

  1. Falta de clareza em relação ao seu potencial profissional;
  2. Falta de clareza em relação ao plano de desenvolvimento profissional mais adequado;
  3. Escassez de oportunidades de trabalho.

Em Transição

Em um contexto de transição, percebe-se algumas necessidades e comportamentos que normalmente se evidenciam da seguinte forma:

  1. Percebe-se com um menor engajamento com seu atual trabalho;
  2. Busca por um trabalho com maior propósito;
  3. Busca por aprendizagens curtas e aplicáveis no seu dia a dia;
  4. Busca por equilíbrio profissional e pessoal;
  5. Uma maior ansiedade devido ao fato de ter que manter-se constantemente atualizado.

Reinventado

No contexto da necessidade de reinventar-se para estar inserido de forma mais produtiva no mercado de trabalho, o profissional busca por meio de novos comportamentos conforme os aspectos a seguir:

  1. Desenvolvimento profissional por meio de “pílulas de aprendizagem”, nas quais novas habilidades são adquiridas e aplicadas rapidamente no seu contexto profissional;
  2. Busca constante da troca de experiências e possibilidades de crescimento profissional levando em consideração todas as possíveis interações, seja via colegas de trabalho, universidades ou no próprio ambiente da Organização na qual atua;
  3. Persegue o contínuo aperfeiçoamento profissional considerando a sua individual necessidade, contando com a tecnologia para ajudá-lo a tornar esta experiência mais personalizada possível.

Percebe-se com isso, levando em consideração os três diferentes estágios em que o profissional pode estar inserido, a evidência que as necessidades da sociedade e do mercado estão em constante mutação e aquilo quer era relevante em certo período da vida, pode não ser mais.

Vamos em frente! Conhece a ti mesmo! Reinvente-se!

F5: Nova Economia

O mundo dos negócios tem se transformado com as novas tecnologias, modificando o comportamento dos clientes e a economia. Disrupção, Colaboração, Engajamento, Co-criação são temas cada vez mais presentes nas organizações. O que você tem feito para se desenvolver nesse novo cenário, mais ágil e competitivo, e continuar entregando valor a seus clientes? Participe do F5 e venha ter uma tarde instigante de conversa sobre como fazer a diferença na Nova Economia.
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Viver com propósito

por Gustavo Souza

O autoconhecimento ou conhecimento de si é a investigação de si mesmo. Filósofos como Platão, Spinoza e Freud fazem parte de uma tradição que vê o autoconhecimento como uma conquista ou realização que traz saúde e liberdade para a pessoa. O autoconhecimento é uma realização, ao invés de algo dado ou prontamente disponível ao sujeito. Para conhecer-se a si mesmo, o sujeito precisa refletir, e interpretar a si mesmo.

Também pode ser um projeto ético, quando o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor. O autoconhecimento pode ser obtido através da meditação (na ioga, por exemplo), psicoterapia, fenomenologia, psicologia cognitiva, psicologia comportamental, psicanálise etc.

IKIGAI

Em 2015, aproximadamente 550 mil pessoas morreram por armas de fogo (150 mil em guerras) e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram mais de 650 mil pessoas que cometeram suicídio, tornando a falta de propósito o grande vilão de nosso século.

Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, indica que a busca pelo sentido da vida é a principal motivação do ser humano, fator este que determina a relação que possuímos com tudo aquilo que somos e fazemos. A partir do momento que esta necessidade não é alcançada, a vida nos parece vazia e sem sentido.

Atualmente, conseguimos perceber, direta ou indiretamente, o vazio causado pela falta de propósito e sentido na vida. Uma forma de compreender a complexidade e importância disto é se questionar:

  • Qual o conjunto de coisas que dão sentido para sua vida?
  • Qual é o fator principal que faz você despertar toda manhã?
  • Quanto tempo você investe questionando sobre assuntos existenciais?

A palavra IKIGAI tem origem em um pequeno povoado localizado na ilha Okinawa, no sul do Japão. Deriva de IKI, que significa vida, e KAI, realização de desejos e expectativas (生き甲斐). Os moradores desse arquipélogo (denominado ilhas Ryukyu) encontraram em seu cotidiano uma forma singular de viver a vida.

Acharam sua “razão de viver” ou o “motivo pelo qual acordar todas as manhãs” e sentiram os benefícios que os foram propiciados. Com isso, diversas universidades buscaram estudar a fim de entender e replicar este modelo que está na base da filosofia de vida IKIGAI. Não é à toa que nessa ilha, e devido também a esta filosofia, as pessoas tendem a viver além dos 100 anos de idade!

Para os japoneses, todos nós possuímos nosso IKIGAI. É necessário descobrir qual a nossa razão de ser e, para isso, é preciso uma busca profunda de si mesmo. Somente a partir dela é possível trazer satisfação e significado para sua vida.

Em vários estudos, foi provado que pessoas com propósito de vida bem estabelecida possuem mais chances de viver uma vida mais longa.

IKIGAI = VIVER COM PROPÓSITO (METODOLOGIA + ESTILO DE VIDA)

Como filosofia, o círculo IKIGAI nos aponta esta correlação. Mas para alcançar mudança, somente a metodologia (o meio para atingir) consegue responder satisfatoriamente a estas questões existenciais. O círculo IKIGAI consegue sintetizar de uma forma simples as correlações entre os 4 grandes campos da vida que fazem parte da cultura IKIGAI e que aborda as diferentes áreas e intercessões de uma vida plena de razão de ser.

ELEMENTOS DO IKIGAI

1.     O QUE EU AMO FAZER

Para que a transformação e a realização do potencial humano possa ser iniciado é necessário saber responder o que eu amo fazer?

Essa é a essência para que encontremos o que, para a filosofia e metodologia IKIGAI, é a nossa motivação profunda. A palavra motivação origina-se em “motivo para a ação”, ou seja, para termo uma motivação de fato é necessário saber o que nos move.

2.     O QUE EU POSSO FAZER BEM FEITO

Este é o ponto que surge de nosso compromisso com a excelência, pois apenas amar uma atividade não é o suficiente para determinar que seremos bons naquilo que fazemos. Ser referência, na visão IKIGAI, tem pouco a ver com reconhecimento exterior (sucesso), contudo está diretamente relacionado com sentido de propósito e missão, fator aqui denominado de grandeza.

3.     O QUE POSSO SER PAGO PARA FAZER

Muitas pessoas acham que fazer o que se ama pode significar que não vão ganhar dinheiro. Todavia, este não é um raciocínio lógico ou válido para a visão IKIGAI. Para se ganhar dinheiro preservando a felicidade é preciso fazer o que se ama e de forma bem feita. Porém, é necessária a criação de um projeto que transforme esta competência em resultado financeiro efetivo.

4.     O QUE É BOM PARA O MUNDO

Uma vida significativa perpassa pelo sentido de que o que realizamos causa resultados positivos para o mundo – leia-se, aqueles que nos cercam ou que de alguma forma são impactados por nossas ações. Portanto, na filosofia IKIGAI, isso não precisa necessariamente estar associado com “causas sociais ou ambientais”. Refere-se, sim, ao sentido profundo de ação altruísta e resultados positivos de nosso trabalho ou atitudes.

INTERCESSÃO 1-2: PAIXÃO

A origem latina de paixão remete à dor (ato de suportar) e sofrimento (sufferre – estar sobre ferros). Mas não é este o sentido de paixão dentro do círculo IKIGAI. E sim o fazer sem esforço (apaixonadamente e em fluxo), algo que naturalmente acontece quando compreendemos os impactos positivos daquilo que realizamos (mérito).

INTERCESSÃO 2-3: PROFISSÃO

Vem do latim “professione”, que significa “declaração” e “ofício”. Só é um profissional aquele que se assume frente às competências que o definem e diferenciam, algo que nem sempre está presente em um trabalhador, uma vez que posso trabalhar com algo sem me entender como um profissional.

INTERCESSÃO 3-4: VOCAÇÃO

É o termo que tem derivação do latim “vocare” que significa “chamar”. É a habilidade – ou tendência – que leva o indivíduo a exercer determinada carreira ou profissão. Portanto, a vocação é o chamado para a ação que está presente na intercessão entre o que amamos fazer e quando resolvemos agir na direção deste chamado.

INTERCESSÃO 4-1: MISSÃO

A origem da palavra significa enviar, mandar (mittere). Portanto, descobrir a própria missão é o fechamento de uma vida culminada de significado e propósito, uma vez que é a resposta para a pergunta “para que eu vim?”. Na filosofia IKIGAI, entender a missão significa unir um elevado sentido de propósito com a percepção de nosso amor pelo que fazemos.

PERCEPÇÕES

Cada fase do círculo IKIGAI acarreta percepções. Segundo o International IKIGAI Methodology, essas percepções evidenciam os sentimentos que esta construção do círculo propicia em nossas vidas:

VIDA AGRADÁVEL – Encontramos o que amamos fazer, mas ainda não identificamos a necessidade de investir em nossa capacitação, profissionalização ou mesmo na busca pela excelência neste processo. Sentimos prazer com nossa atividade, mas pouco produzimos com ela.

VIDA PRODUTIVA – Não apenas sentimos prazer, mas assumimos o compromisso com a excelência, criando um sentido de produtividade, engajamento e vontade de diferenciação no que realizamos.

VIDA PLENA – Além de tudo, encontramos meios para propiciar resultados financeiros satisfatórios, criando um sentimento de justa remuneração pelo esforço empregado (que agora já não parece tanto esforço assim).

VIDA SIGNIFICATIVA – Um forte sentido de gratidão surge e entendemos que nosso trabalho e ação sobre o mundo gerou um legado positivo. Neste ponto percebemos que nossa vida fez e faz sentido e que cumprimos com nossa missão existencial

Baixe e preencha a MANDALA IKIGAI

Fontes:  Instituto Próspera http://www.institutoprospera.com.br/  e Wikipedia

Nova Economia e a Liderança Transformadora

Por Claudio Dreyssig

O mundo vem sofrendo uma grande transformação nos últimos anos e o que vemos, de forma bastante intensa, é a tecnologia assumindo um papel determinante na sociedade, modelos de negócio se transformando, o processo de aprendizagem se alterando e a necessidade de uma liderança com um papel fundamentalmente transformador. Abaixo segue uma síntese dos aspectos relacionados a tecnologia, modelos de negócio, aprendizagem/competências e liderança transformadora

 TECNOLOGIA

A tecnologia disruptiva vem mudando a forma como fazemos nossas coisas do dia a dia. Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Internet das Coisas, Robótica, Impressão 3D e Blockchain são alguns exemplos de tecnologias com inovação que estão cada vez mais fazendo parte da nossa vida.

Num passado recente, demorava alguns anos até uma nova tecnologia se difundir e estar ao alcance das pessoas. O telefone celular é um exemplo que levou mais de 20 anos para estar ao alcance da grande maioria da população mundial. Hoje, as inovações que surgem tornam-se acessíveis de forma exponencial: o que levava 20 anos, agora leva de 2 a 4 anos.

MODELOS DE NEGÓCIO

Tudo isso vêm impactando os diversos segmentos de negócios que precisam repensar a forma tradicional de fazer as coisas para um modelo de negócio inovador. Eis aqui um ponto chave chamado “Modelo de Negócios” que gostaria de detalhar mais neste artigo e discorrer sobre o impacto na vida das pessoas. Então vamos lá!

O mundo dos negócios tem se transformado com a tecnologia e a forma de relacionar-se com os clientes também mudou. Os segmentos do agronegócio, mercado financeiro, saúde, varejo e educação estão mudando a forma de executar as atividades para melhor entregar soluções que geram valor agregado aos seus clientes. Estão saindo do modelo tradicional para modelos inovadores que proporcionam maior escalabilidade e satisfação para os consumidores.

Agronegócio:

As palavras de ordem são produtividade, desempenho e sustentabilidade. Com base nisso, as duas principais vertentes tecnológicas são: big data, com a coleta de dados em grande escala e fazendas autônomas.

Mercado Financeiro:

Moedas Digitais e bancos digitais estão ocupando um espaço sem volta.

Saúde:

Nos próximos anos estaremos vivendo o momento de digitalização da saúde, dos processos de atendimento e da coleta de dados das pessoas, que serão sincronizados e confrontados com os dados medidos durante suas atividades diárias. Assim, será criada uma nova camada de informação com a convergência desses dados.

 Varejo:

Realidade virtual é uma grande tendência. No futuro, se você quiser fazer um cruzeiro será possível ir a uma loja de agência de viagens ter essa experiência virtual para depois realizar a compra e ir pessoalmente.

Os chatbots e a inteligência artificial estão assumindo papéis mais operacionais para liberar o ser humano para as atividades que fazem a real diferença no atendimento ao cliente.

Educação:

Há uma carência de habilidades. O futuro da educação será baseado em como trazer soluções para isso de forma simples e mastigada. A primeira tendência será o estudo híbrido, misturando online com presencial. A segunda será o foco no desenvolvimento de projetos específicos: não terá um curso em marketing, mas cursos específicos que farão a diferença prática no dia a dia dos profissionais. Serão cápsulas de conhecimento por meio do nanolearning.

APRENDIZAGEM/COMPETÊNCIAS

 “Em tempos de mudança, os “aprendedores” vão comandar o novo mundo, enquanto os “sabedores” vão se encontrar perfeitamente equipados para lidar com um mundo que não existe mais”

Cada vez mais a capacidade de aprender fará a diferença num futuro próximo e mais do que isso, aprender a desaprender para aprender novamente. Diante deste cenário, novas competências assumirão uma importância crucial para as pessoas enfrentarem os desafios do mercado de trabalho:

Competências Intrapessoais: autoconhecimento, curiosidade e resiliência serão pontos chave para profissionais e líderes de equipes terem sucesso no mercado de trabalho

Competências Cognitivas: Pensamento analítico, resolução de problemas, criatividade e argumentação farão a diferença num mundo cada vez mais ágil, conectado e incerto.

Competências Interpessoais: Liderança, comunicação, trabalho em equipe/cooperação, resolução de conflitos e empatia são fatores essenciais para fazer impacto de verdade no mercado de trabalho.

Tais competências serão importantes em um contexto em que a tecnologia assume um papel de aliado das pessoas e o fator humano fará a diferença. Cogita-se que um terço das habilidades demandadas em 2020 não são consideradas essenciais hoje e que cerca de 65% dos postos de trabalho em 2030 ainda não existem na atualidade.

Portanto, veremos uma transformação cada vez maior nas relações de trabalho em que haverá uma erosão dos empregos tradicionais, demanda crescente em aprender novas habilidades, novas trilhas de carreira e automatização, especialmente a operacional, de grande parte da força de trabalho.

 LIDERANÇA TRANSFORMADORA

 Cada vez mais os líderes atuais se deparam com um mundo de incertezas em relação à tecnologia, hábitos, mercado e carreira. Além disso, é necessário ter empatia por pessoas nascidas em diferentes épocas (gerações X, Y e Z) e saber que o que realmente engaja os profissionais hoje não são as mesmas coisas que engajavam no passado.

Mais do que nunca, os seguintes aspectos são fundamentais para os líderes fazerem a diferença no mundo empresarial:

  • Estabelecendo a “Visão Positiva de Futuro”

 É o verdadeiro alinhamento de propósitos.

  • Engajando as Pessoas

 As pessoas são motivadas por causas

  • Gerenciando a Visão Positiva de Futuro

 Alinhamento de todas as metas e entregas de sua equipe com relações de confiança que geram autonomia.

Por fim, considerando os aspectos de tecnologia, novos modelos de negócio e competências intrapessoais, cognitivas e interpessoais demandadas, nota-se que as lideranças que possuem a capacidade liderar-se a si mesmo (autoconhecimento), definir e alinhar propósitos (engajamento com equipes) e aprender a aprender em um contexto de mudança exponencial, terão a capacidade muito maior de serem verdadeiramente um agente transformador na Nova Economia.

MEG: Um guia de referência da gestão para excelência

MEG

O novo Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), lançado em outubro de 2016, em sua 21ª edição, é o carro-chefe da FNQ para a concretização da sua missão, que é a de estimular e apoiar as organizações brasileiras no desenvolvimento e na evolução de sua gestão para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem valor para a sociedade e outras partes interessadas.

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Social BPM como alternativa para serviços públicos de qualidade

Colaboração

Conceito e Desafios

Serviço público é um conjunto de atividades e serviços ligados à administração estatal através de seus agentes e representantes, mas também exercida por outras entidades, mesmo que particulares, sempre visando promover o bem-estar à disposição da população. Continue lendo “Social BPM como alternativa para serviços públicos de qualidade”